Novembro é o meu mês, Novembro vai ser um mês de surpresas e de amores.
A viagem pela Carruagem tem-me ocupado a maior parte dos dias e essa é a explicação (e a desculpa) para o atraso da artista do mês (que será a que vai fechar este ciclo de artistas de 2015). No entanto, esta é, para mim, a melhor e mais talentosa artista do mês (a que tive até agora e certamente a que terei sempre!). Ela provavelmente ainda não o sabe, uma vez que é a artista mais nova por estas bandas, mas eu acredito que ela ainda tem tanto para dar e que em tudo o que se meter vai ser a melhor!
Já devem ter percebido que o tom de início deste post é diferente, apesar de eu ter um carinho muito grande pelos meus artistas [e perdoem-me todos eles por esta imparcialidade]... têm toda a razão, é diferente e é muito especial para mim!
A minha artista de Novembro é a Marta Leal Moura.
Bem-vindo Novembro, e Bem-vinda LITTLE SIS ♡ !
Sim, a Marta é a minha irmã. Sim, ela é de artes (como uma boa parte da nossa familia, verdade seja dita). Sim, ela é a pessoa mais importante deste Mundo e não há ninguém como ela. Escusado será dizer que a conheço desde que nasceu e que tem sido uma bonita jornada esta de a ver crescer e transformar-se numa pessoa fascinante. Quem nos conhece sabe que eu sou uma irmã (super-hiper-mega) galinha, às vezes até demais (ela que o diga), sabe que temos uma relação incomparável e que somos unha e carne. Eu e a Marta somos muito diferentes e ela tem qualidades que eu admiro tanto que nem consigo transcrever para palavras. A Marta é a pessoa mais esforçada e trabalhadora que eu conheço, é a pessoa mais perfeccionista que conheço, é super exigente com ela própria (às vezes até demais), é muito altruísta e, acima de tudo, é muito (!!!!) humana.
Ela é "a minha pessoa", é quem me conhece melhor, é com ela que eu riu, choro, faço as maiores parvoíces do mundo e é por ela que eu tento ser sempre melhor, que tento ser um exemplo.
Por isto e por muito muito mais: certamente que compreenderão a minha imparcialidade. Ela é o meu maior orgulho e eu tenho a certeza que ela vai alcançar todos os sonhos que tem, todos os objectivos, que vai ultrapassar todas as barreiras e etapas e que vai ser muito feliz. E eu vou estar sempre com ela. As duas, lado a lado. Incondicionalmente.
Vamos então passar à entrevista (antes que eu me alongue mais na lamechice):
Conta-nos, quem é a Marta Moura? Assim um pequenino resumo do teu background, como chegaste até aqui?
A Marta é uma rapariga de 19 anos que está no segundo ano da faculdade do curso Artes Digitais e Multimédia na ESAD. A minha história é pequenina, ainda não tenho muita experiência de vida, na verdade. Sou do Porto, fiz o meu ensino secundário na escola Clara de Resende, na qual frequentei o curso de Artes Visuais. Tenho de confessar que não foi desde sempre que soube que queria ir para Artes. Ao início estava indecisa entre Artes e Economia pois gostava, e ainda gosto, muito de matemática. No entanto, quando pensava na minha vida futura, atrás de uma secretária o dia todo à volta de números e contas, percebi que isso não era de todo o que eu queria. Então decidi ir para Artes, um bocado no "vamos indo e vamos vendo", na medida em que é uma área muito mais criativa e pessoal, que nos permite uma flexibilidade e originalidade que noutra área não é possível. Acabei por gostar muito e, por isso, ao fim de 3 anos conclui o curso. Contudo, no início do 12º ano, altura em que comecei e pensar mais a sério no que ia fazer quando acabasse o secundário, apercebi-me que ainda não sabia o que queria estudar dai para a frente. Então, dado à minha indecisão (uma característica muito forte minha) decidi agarrar-me aos livros e estudar para fazer tmbém o exame de matemática A, além daqueles que já era suposto e obrigatório fazer em Artes. Assim foi. Quando acabei o ano lectivo e os três exames, com sucesso, encontrava-me com um leque muito variado de escolhas profissionais. No entanto, e apesar da oferta ser grande, as minhas dúvidas continuavam a crescer e ainda me sentia mais confusa. Dada a situação, a minha vontade era fazer um GAP year com o objectivo de me "encontrar", explorar e conhecer o mundo, pôr-me à prova e ver no que ia dar... Mas os meus pais não acharam muita piada à ideia, e após longas conversas a conclusão foi: "talvez seja melhor, para já, tirares um curso porque ainda és muito nova e é muito perigoso fazeres isso sozinha, e daqui a uns anos fazes o GAP year".
Assim foi: acabei por escolher um curso que abrangia áreas/ coisas que eu gostava muito de fazer no dia-a-dia. Essas coisas são fotografar pessoas, pés, tudo o que me suscita alguma emoção; fazer vídeos, reportagens visuais, vídeos cómicos; etc. Inscrevi-me na ESAD. Após o primeiro ano da faculdade aprendi muitas coisas interessantes para além da fotografia e vídeo. A animação, por exemplo, foi algo que estava um bocado "esquecido" na minha memória/interesses e que agora começo a pensar de outra forma. Fiquei também com outra noção do que é design, os tipos de design que existem (comunicação, produto, interiores, moda, e joalharia) e da sua importância no nosso quotidiano.
Relativamente a este ano (que mal começou), posso dizer que já mudou muito a minha perspectiva: estou adorar ainda mais o meu curso porque já se tornou mais especifico tanto nas propostas como nas disciplinas, o que é fascinante.
Como é que começa o teu dia? Tens alguma rotina?
Ora bem: normalmente o meu dia começa com um despertador que tem de ter um toque bastante irritante - pois caso contrário não me consigo levantar da cama. Acordo, tomo banho, visto-me e tomo o pequeno almoço (se fizer as coisas com a ordem inversa atraso-me sempre!). Todos os dias preciso de um bom pequeno almoço, para começar bem o dia, acompanhado de uma chávena de café (caso contrário não saiu do modo "sleeppy"). O pequeno almoço é, sem dúvida, a minha refeição preferida e por isso adoro quando tenho tempo para o tomar calmamente... o que raramente acontece porque as manhãs são quase sempre uma correria. De seguida apanho o autocarro e o metro e vou para a faculdade. Isto normalmente, não é assim tão fácil como está nesta simples frase: o que realmente acontece é andar a passo rápido até à paragem de autocarro, perder o autocarro por segundos e o motorista não abrir a porta, fazer a meia maratona a subir até ao metro, ficar ofegante, toda despenteada e com os calores. Passar o passe já com meio pé dentro e meio pé fora do metro e, finalmente, entrar carruagem - isto, claro, quando não é início do mês e eu me esqueci de carregar o passe, mas isso já era outra história que dava pano para mangas. Sento-me no banco, ainda com os calores, tiro o casaco e quando dou por mim já tenho a senhora ao meu lado a olhar para mim porque estou a tocar-lhe com o rolo de desenho e com a carteira pesada devido ao casaco que está preso no meu braço e não quer sair. A sorte é que tenho 12 minutos de viagem para recuperar o folgo, até chegar à minha paragem de destino.
O que não pode faltar no teu espaço de trabalho?
No meu espaço de trabalho não pode mesmo faltar: música, canetas e papel para sarrabiscar e água. Isso é crucial!
Sabemos que queres muito fazer um ano fora (Gap Year), a trabalhar e/ou estudar. O que é que te motiva a essa grande aventura?
O que me motiva para querer fazer um gap year e ir estudar ou trabalhar para fora é o facto de querer descobrir como é o Mundo na realidade. Conhecer as culturas, as tradições, as pessoas e os seus ideais, as maneiras de pensar e atitudes que têm perante as situações usuais do dia-a-dia... Eu acho que a vida não é como nos ensinam na escola, que é tudo muito bonito e cenas. Não! A vida custa e muitas vezes é preciso sacrifícios para depois conseguirmos "gozar" as coisas boas que nos dão prazer. E é essa maturidade, crescimento e experiência de vida que eu queria e quero muito ter. Sinto que é quando nos colocamos fora da nossa zona de conforto que descobrimos quais são os nossos limites, e até onde somos capazes de ir. Sinto que tenho muita coisa para descobrir não só sobre o mundo, as pessoas e as vivências, como também sobre mim: interesses, atitudes, aspetos da minha personalidade que ainda não vieram à tona porque ainda não vivi certas circunstâncias, etc. É tanta coisa que ainda falta descobrir, pois o Mundo é enorme e está cheio de matéria prima por testar.
Para além da vontade de querer descobrir mais do que o conforto da minha casa, com a minha família (da qual não quero abdicar nunca pois sem ela "não sou eu"), quero puder ajudar os outros com aquilo que sei fazer e tenho para dar.
Essencialmente não quero que a minha vida passe só por fazer um curso, arranjar um trabalho e ganhar dinheiro para me sustentar. Quero viver a vida e ter a consciência de que faço o que gosto, quero conseguir sentir-me realizada como pessoa e como ser humano que convive com os outros, porque acredito que vida não é feita só de pessoas singulares que vivem em paralelo umas com as outras, é, sim, feito de pessoas (plural) e das relações entre elas.
Desde pequena que sempre gostaste muito de fotografia e de teatro. Que papel/importância é que estas actividades têm na tua vida?
É verdade, a fotografia e o teatro são áreas que eu tenho especial apreço desde que me lembro. Elas têm um papel importantíssimo na minha vida uma vez que, quando estou sozinha no meu habitáculo elas são, essencialmente, as coisas que me preenchem e me fazem relaxar nos momentos mais stressantes ou carentes. Elas conseguem alterar o meu estado de espírito/humor e fazer-me sentir bem. Têm a capacidade de revelar traços de mim que eu ainda não tinha descoberto, de me darem a conhecer que eu sou capaz de fazer algo que não sabia que era capaz até então e até de salientar outros aspetos que eu já sabia. É a fazer essas coisas que eu me sinto verdadeiramente a Marta e, por isso, espero não perder esse gosto/hábito que me dá tanto prazer hoje em dia. Quero muito conseguir arranjar maneira de, um dia, transformar essas fotografias e vídeos (esses gigabites aparentemente estúpidos e sem sentido lógico que me enchem o disco externo), em algo útil para algo ou para alguém.
O que é que te inspira? De onde vêm as tuas inspirações?
Não sei ao certo responder a esta pergunta porque eu não sei de onde vêm as minhas inspirações. Penso que a origem delas varia consoante o dia, a hora, o sítio, as pessoas que estão à minha volta, o meu mood... enfim, tudo. Mas tenho consciência que me sinto inspirada perto de pessoas que me fazem sentir bem e confiantes. Sinto que estar ao lado de alguém que também esteja a criar algo, mesmo que não seja com o mesmo objectivo que eu, me ajuda no processo criativo, pois são duas (ou mais) mentes com a mesma intenção - a de criar.
Posso também dizer que não são só as pessoas que são capazes de me inspirar, mas também lugares e coisas. Agora que estou a pensar sobre isso acho que ver um pôr do sol lindo; ir correr para o parque da cidade e apreciar a natureza, ou até ir dar um simples e curto passeio com mogli (o meu cão) à volta do meu quarteirão pode me inspirar. Ou seja: é o olhar atento sobre as coisas "banais" e "sem importância", a reflexão sobre as mesmas e, em seguida, uma procura/pesquisa sobre os sentimentos e emoções que essa reflexão suscitou em nós, que também me dá inspiração para tudo o que faço.
Ainda tens o Mundo pela frente. Qual é a tua grande ambição na vida?
Esta pergunta faz me lembrar aquela: "o que dizem os teus olhos?" (no fundo, até é a mesma).
A minha ambição na vida é procurar/descobrir as coisas que me fazem sentir feliz e realizada e fazê-las com toda a dedicação e determinação possível, sem nunca desistir de algo nem à primeira, nem à segunda, nem à terceira... até conseguir.
Sim, ainda tenho o Mundo pela frente. E sim, o que passou é uma pequena parte do que aí vem. Mas é pequena só em quantidade porque ela foi muito importante para eu chegar onde estou agora. Uma vez que este percurso tem-me mostrado que sou capaz de mais coisas do que aquelas que eu pensava que era. Por isso, peço desculpa pelo clássico cliché (que não deixa de ser verdade), mas nada é impossível e que temos de lutar constantemente pelo que queremos - Não digo todos os dias vá, porque considero que também precisamos de "lazy sundays" para repor as energias, mas quase todos os dias - porque fácil não vai ser, isso é certo, mas devemos acreditar que é possível.
Sem mais demoras, os maravilhosos mimos da MARTA MOURA:
#1 - "There She Goes" (pinceladas mais coloridas na frente, cara cabelo mais escuro no verso)
#2 - "Soulful strut" (pinceladas mais compridas na frente, cara cabelo volumoso no verso)
1 mimo do artista do mês - 6 ♡
Pack artista do mês [conjunto dos 2 cadernos] - 10 ♡
[ valor de portes de envio para Portugal incluído ]
Como sempre e em todos os modelos de mimos, podem personalizar a frase/texto sem qualquer custo adicional!
3, 2, 1:
Já podem começar a encomendar estes mimos tão especiais!
Já sabem, é só enviar email para blog.thempire@gmail.com, com o mimo que querem e a frase para colocar na caixinha de texto.
Um especial xi-coração apertado à minha irmã, por ter feito os mimos mais bonitos que já passaram por este blog!!! Não podia encerrar este ciclo de artistas de 2015 com melhor artista e com o coração mais cheio!
Novembro é o meu mês, é mês de novidades e de amores.
A Época Natalícia no The M Pire já está quase quase a ser estreada e trará com ela muitas novidades e surpresas.
Até lá, podem sempre fazer-me uma visita e aceitar o convite para verem a peça original da Companhia de Teatro "Carruagem - Trafego de Ideias" da qual tenho o prazer de estar a "bordo". Vamos estrear "As Coisas Pelos Nomes" já no dia 19, quinta-feira, e fica em cena até dia 22 de Novembro, domingo, na sala de Bolso da Assédio, na rua de Miragaia. Podem saber mais infomações e reservar os bilhetes aqui.
São ou não são lindos de morrer os mimos da Marta? Contem-nos tudo o que acharam aqui ou no facebook, que aqui a dupla de irmãs está ansiosa pelas vossas opiniões.
Um maravilhoso fim-de-semana!
lots of love,